SÃO SABAS, ABADE, FUNDADOR, SÉCULO V - 5 DE DEZEMBRO

domingo, 5 de dezembro de 2010

SÃO SABAS - PRIMEIRA VERSÃO
(MONGE E PACIFICADOR- SÉC.V)
Morto em 532, com 93 anos.
Festa: 5 de dezembro

Fundador e organizador dos mosteiros da Palestina, o grande abade São Sabas, um dos mais afamados do século V, da era cristã no Oriente, nasceu em Capadócia, hoje Turquia, por volta do ano 440. Órfão dos pais, desde cedo foi entregue aos cuidados de um tio autoritário; para fugir dessa influência, na juventude retirou-se ao mosteiro de Flabiana, para experimentar a vida monástica.

Numa viagem que fez à Terra Santa quando contava vinte anos, conheceu o famoso mosteiro dirigido por Santo Eutímio, nele ingressando e tornando-se logo modelo de monge na prática das virtudes monásticas. A partir de então passou a viver nos mosteiros da Palestina,  rudimentares, nas montanhas rochosas onde inúmeras grutas naturais que serviam de abrigo aos pastores  foram adaptadas pelos que desejavam a vida eremítica. 

Sabas viveu a vida consagrada em diversas fases, desde a vida eremítica - cada monge vive na absoluta solidão, a vida cenobítica - congrega em celas vizinhas vários monges, a vida monástica - vida comunitária em uma construção maior, sob a obediência de um abade.Sua fama de santo mestre de espiritualidade se espalhou por toda a Palestina, atraindo muitos jovens à vocação, levando-o a construir um convento que chegou a abrigar cento e cinquenta religiosos.

 Por duas vezes foi em delicada missão a Constantinopla, a pedido do patriarca de Jerusalém; na primeira para pedir clemência ao imperador Anastácio que começava a perseguir os cristãos no oriente e, a segunda, já com 89 anos de idade, para pedir ao sucessor de Anastácio, Justiniano, em favor dos católicos da Palestina que sofriam ameaças constantes de saques pelos samaritanos. Tendo saído vitorioso em ambas as questões, foi aclamado pelo povo em Jerusalém, como salvador.

 Morreu em 532, com 93 anos de idade, sendo logo venerado pelos fiéis que o consideravam protetor dos pobres, luzeiro de ciência e santidade e defensor da ortodoxia da fé contra as heresias que infestavam o Oriente. Sua festa ocorre no dia de sua morte. Descendo de Jerusalém para Jericó e o Mar Morto, avista-se na margem direita, a certa altura o majestoso mosteiro onde viveu São Sabas, em meio a um panorama desolador, com montanhas desertas e vales áridos.
Os lugares santificados pela presença do santo eremita, continuam ainda hoje, apesar das vicissitudes do tempo, sendo povoados por seguidores de sua espiritualidade.


SÃO SABAS - SEGUNDA VERSÃO
(PRESBÍTERO-MÁRTIR-SÉC. IV)
Festa: 12 de abril

Morto em 372. A descrição do martírio de Sabas foi narrada em uma carta logo após sua morte nas mãos do governo dos Gothes ao norte do Danúbio. São Jerônimo conta que o Rei Athanaric iniciou a perseguição aos cristãos em 370. Sabas convertido ao cristianismo desde jovem, era padre em Sensala (hoje Targovite na moderna România).Sabas era um cristão exemplar com virtudes de obediência e humildade e amava cantar hinos nas igrejas e decorar os altares.Seu desejo por castidade era tão grande que ele até mesmo se refreava em falar com mulheres a menos que fosse absolutamente necessário. 

Mais que tudo, Sabas amava a verdade. Sabas denunciou a prática de alguns cristãos que pretendiam comer carne oferecida aos deuses pagãos embora na verdade os animais não tinham sido sacrificados aos deuses e era um “falso arranjo” com alguns oficias corruptos. Ele disse que esses cristãos deveriam renunciar a sua fé por esta falsidade. Por isto ele foi forçado em exílio, mas mais tarde foi permitido retornar. Durante outras perseguições no ano seguinte vários cristãos disseram que não havia nenhum cristão entre eles, mas Sabas anunciou em voz alta que era cristão. Com isto foi preso, mas depois solto como um cristão insignificante que não tinha nem roupas nas suas costas e não poderia causar nenhum mal. 

Logo antes da Páscoa de 372 a perseguição retornou com mais fúria. Athanarius e suas tropas entraram onde Sabas dormia e o prenderam. Eles o tiraram da cama sem permitir que se vestisse, acabaram de despi-lo e o acoitaram e o arrastaram sobre um solo cheio de pedras. Ao nascer do sol ele disse aos seus perseguidores “Você não me arrastaram através de solo duro e cheio de pedras? Veja se meus pés estão feridos ou se os socos que me deram deixaram qualquer impressão no meu corpo”. Seu corpo não tinha nenhuma marca de arranhões ou hematomas. O que deixou seus carrascos furiosos e eles o levaram para um "rack" improvisado em uma casa próxima e o esticaram. 

Sabas recusou a oportunidade de escapar quando a dona da casa o desamarrou a noite. Ele passou o resto da noite ajudando a mulher a preparar os alimentos para a sua família. No dia seguinte foi pendurado pelos dedos em dois madeirames da casa e ofereceram carne de animais que haviam sido sacrificados aos ídolos. Ele recusou . Um dos escravos de Atharidus bateu com a ponta de sua queixada de Javali, no peito de Sabas, com tal força que todos os presentes pensaram que ele havia morrido. Mas ele estava sem nenhum ferimento.

 Nesta hora Athanridus declarou que Sabas fosse afogado. Em uma das margens do rio os soldados queriam deixá-lo ir. Ouvindo-os Sabas perguntou porque eles eram tão preguiçosos em obedecer às ordens e continuou: “Eu vejo o que vocês não podem: Eu vejo uma pessoa do outro lado do rio pronto para receber a minha alma, Ele somente espera o momento que ela deixar o meu corpo”. Em seguida ele foi amarrado a um poste e enfiado de cabeça para baixo no Rio Buzau (Mussovo) até que estivesse morto.Esta morte por madeira e água, disse um dos estudiosos, é exatamente o símbolo da salvação pois é o símbolo do batismo e da cruz! 

Depois que ele morreu, eles o retiraram d’água e deixaram sem enterrá-lo, mas cristãos das proximidades protegeram seu corpo dos animais e aves predadoras. Jonius Soranus, duque de Scythia, um homem temente a Deus enviou o corpo para a Capadócia, com uma carta para a igreja da Capadocia governada por São Basil, narrando o martírio de São Sabas. Na arte litúrgica da Igreja Sabas é mostrado suspenso pelos dedos em uma figueira ou sendo atirado no rio. Ele é muito venerado na România. Sua festa e celebrada no dia 12 de abril.

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